quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Gritos...

Na névoa do anoitecer
As presenças da noite se aproximam...
Em sombras de vento
Em risadas ecoando entre os braços das árvores

A morte espalha o seu cheiro no ar,
E gritos;
Gritos invadem as minhas veias...
Eu, um ser frio que vive do sangue para o sangue,
Que vive da dor para a dor...

Um monstro sou;
Um monstro que chora a perda da vida
E vive do inevitável,
Por não ser a dor que causo
Nem o prazer que crio.

Nem o prazer que crio.

Na escuridão permaneço
Vivendo nesse escuro medo
Todos estão a me observar
O amor que sinto me protege por nada me amar
O medo se transforma em ódio
Para que eu descubra o que tenho que buscar...

Que mais posso esperar de tudo isso?
Das lágrimas busco o sorriso...
Do peso em meu coração busco a paz
O simples beijo que dou,
Desperta meu imortal desejo do fatal beijo dar
E nesse fim de mais uma vida
O que terei eu de amar?

Poet & Mekare



Não sei mais o que é dor
e o que é amor
pois hoje estou em torpor
não sinto mais o cheiro daquela flor
já que a muito fui abracado por meu senhor
agora vejo surgir uma nova flor
carregada de odio e rancor
a prole se levantou contra seu senhor...
so estou em torpor
pra não sentir essa dor
que antes era amor
prole minha, como se justificar ao nosso senhor?
Cain nosso grande criador
que ja passou uma vez por essa dor
e jurou que na proxima sairia de seu torpor
para julgar e matar cada traidor.

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